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O meu primeiro livro

        O livro, A substância divina e a subjetividade em Descartes, foi o primeiro que publiquei. Ele se alimenta de duas contradições. Escreve sobre Descartes, mas não é um livro propriamente cartesiano, no sentido tradicional. Pretende ser uma leitura rigorosa acerca da relação entre a substância divina e a substância pensante, mas apenas tateia ao mostrar essa relação. É disso que ele se nutre. Afinal, dessas contradições o autor dependeu completamente. Elas se constituiram porque Descartes deixa margem para que a substância divina seja primeiro principio tanto na ordem do ser quanto na ordem do ser. Ora, dizer que a substância divina assume as duas ordens é não seguir as intenções de Descartes. Eis a primeira contradição. Esta foi produzida com uma perspectiva acadêmica, que possibilitasse o estudo dos textos cartesianos. O resultado seria mais um livro sobre Descartes, que seguisse os cânones dos comentadores mais rigorosos. Pelo contrário, temos diante de nós apenas uma tentativa de mostrar ao leitor uma subjetividade subordinada à substância divina. Eis a segunda contradição que se impôs ao autor, o qual se iludiu com o sonho fracassado de entrar para a galeria dos estudiosos de Descartes. Essa ilusão e essa segunda contradição são essenciais neste livro. Eis porque é possível dizer: aqui cabe um quê de acaso, que Guéroult objetaria: “o acaso não cabe nos estudos sobre Descartes"

 

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